Jorge Moreira celebra ‘20 Vindimas & 20 Anos Enologia’ com o lançamento de [um] ‘Poeira Ímpar’

Volvia o ano de 1996 quando Jorge Moreira, recém-formado na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em Vila Real, se estreava nas “lides” da enologia. Hoje, 20 anos mais tarde, é tempo de celebrar, a vida e o seu percurso enológico. A melhor forma? Festejando junto de familiares e amigos e estendendo o momento com o lançamento de um vinho que considera ímpar. Porque a vida o ajudou a simplificar e a dar cada vez mais valor às coisas simples, baptizou-o de ‘Poeira Ímpar’.
© Lino Silva:
    © Lino Silva

O ‘Poeira Ímpar’ é um tinto da colheita de 2009, que junta a internacional, e plástica, Cabernet Sauvignon (23por cento), com as autóctones Touriga Nacional (56 por cento) e Sousão (21 por cento), provenientes de uma vinha ímpar, com vontade própria e dona de uma personalidade única: caprichosa, sempre; e arrebatadora, quando quer. Jorge Moreira, que a conhece como ninguém, sabe que "só de tempos em tempos mostra a sua grandeza; foi o que aconteceu em 2009”. O resultado: mais do que um tinto de terroir e um néctar assumidamente duriense, é um vinho de assinatura, onde é evidente a enologia de Jorge Moreira. Um vinho em que acidez refresca a típica fruta madura do Douro, exaltando um vinho de complexidade, classe e elegância muito interessantes. Um vinho que se revela extraordinariamente jovem. Irá, sem dúvida, surpreender nas 40 vindimas de Jorge Moreira. Vale a pena comprar e esperar para ver.

As uvas do ‘Poeira Ímpar tinto 2009’ têm origem na Quinta do Poeira, propriedade que Jorge Moreira comprou em 2001, por sugestão do produtor e amigo Dirk Niepoort. Mais tarde, ao conhecer e casar com Olga Martins (CEO de Lavradores de Feitoria), o projecto começou a ganhar outra forma: juntos construíram a adega e a casa, onde viveram nos primeiros anos de vida em comum. Situada em Provesende, é um local de extrema beleza onde acalenta(m) o sonho de produzir vinhos que deixem marcas na história da família e do Douro... Passados quinze anos, confirma-se que o caminho se faz caminhando e que o sonho comanda a vida!

Foi na Real Companhia Velha (RCV) que Jorge Moreira teve a sua primeira oportunidade de emprego. Com o apoio de Pedro Silva Reis, actual presidente da empresa, cedo mostrou que viria a ser um enólogo de primeira linha. Em 2002 Jorge deixa a RCV para desenvolver o seu projecto pessoal, ao mesmo tempo que se iniciava como enólogo da Quinta de la Rosa. Anos mais tarde, na vindima de 2010, Jorge regressava à RCV, com o objectivo de desenhar o topo de gama da empresa. Nascia, nesse mesmo ano, o primeiro ‘Carvalhas’.  

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